Vaginite e candidíase: qual a diferença entre essas doenças vaginais?
Vaginite e candidíase: qual a diferença entre essas doenças vaginais?
Vaginite e candidíase são iguais?
Dentre as citadas por Rogério, a mais comum é a candidíase, infecção vaginal causada por fungos. “Ela costuma ser acompanhada de prurido intenso (coceira) e corrimento espesso como leite talhado”, comenta o médico sobre os sintomas comuns a essa infecção. Ela não é considerada DST, pois esse é um fungo comum na flora vaginal que se torna um problema quando entra em proliferação, portanto, a candidíase pode surgir mesmo sem ter tido relação sexual.
Veja outros tipos de vaginite:
Vaginose bacteriana: essa doença é normalmente causada pela Gardnerella vaginales, uma bactéria também da flora vaginal. Nesse caso, os sintomas são corrimento é acinzentado ou amarelado com odor forte.
Trichomonas: Já a infecção por trichomonas costuma provocar corrimento amarelo ou esverdeado e pode ter ardência leve. Esta, sim, é considerada uma DST.
Vaginite citolítica: ocorre por um desequilíbrio da flora vaginal onde os lactobacilos (que protegem a vagina) proliferam desordenadamente em excesso, aumentado muito a acidez da vagina. Pode aparecer corrimento branco e leve ardor, confundindo muitas vezes com candidíase.
Vaginite: como diagnosticar cada doença vaginal?
Corrimentos, ardências e odores diferentes na vagina sempre devem ser avaliados por um ginecologista. A investigação do problema é fundamental para obter um diagnóstico correto e consequentemente o tratamento eficaz. “O diagnóstico pode ser sugerido pelos sintomas. O exame ginecológico também somado a coleta de bacterioscopia de secreção vaginal consegue separar cada uma delas”, explica o especialista.
Tratamentos indicados para vaginites
O tratamento para cada problema é individualizado, por isso, é de suma importância a avaliação de um ginecologista. De acordo com Rogério, a vaginose bacteriana e Trichomonas são tratados com antibióticos; a candidíase com antifúngicos por via oral ou creme vaginal. Já a vaginite citolítica é tratada com banhos de assento com bicarbonato de sódio. Durante o período menstrual é necessário interromper o uso de pomadas e cremes antifúngicos ou substituir o tratamento por medicamentos orais. Além disso, o médico diz que quando se está em uso de cremes vaginais, deve-se evitar ter relações sexuais. Procure seu ginecologista ao perceber sintomas como corrimento, irritação, coceira, ardência ao urinar ou durante relações sexuais.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dr. Rogério Leão - Ginecologista e Obstetra do IPGO (Inst. Paulista de Ginecologia e Obstetrícia) e Médico Assistente na área de Ginecologia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM/ UNICAMP)
CRM: 104.152



