Vagina saudável: veja como cuidar da sua higiene íntima
Vagina saudável: veja como cuidar da sua higiene íntima
Fique atenta aos sinais do seu corpo
Quando sua saúde íntima não vai bem, alguns indicadores aparecem. Segundo a médica, coceira, corrimento com odor ou esverdeado, sangramento após a relação sexual, ardência vaginal ou dor durante a relação sexual são alguns desses sinais. “No entanto, ao contrário do que muitos pensam, o corrimento vaginal pode ser normal, principalmente próximo à ovulação e logo antes da menstruação”, explica. Mas não confunda, nesses casos o corrimento é sem cheiro e de coloração mais clara.
Sabão neutro e sem exagero é a melhor escolha
A vagina é um órgão do aparelho reprodutor que possui alguns modos de evitar o avanço de problemas para as outras áreas como útero, trompas e cavidade abdominal. “O pH vaginal ácido e a presença de inúmeras bactérias, principalmente lactobacilos, são alguns desses mecanismos”, explica a médica.
Lavar no banho com pouco sabão - de preferência o neutro - evitar roupas apertadas, preferir calcinhas de algodão e usar papel higiênico no sentido de anterior para posterior, para não levar as bactérias do ânus para a vulva, são alguns dos cuidados mais importantes. Além disso, na relação sexual é fundamental usar preservativos e não esquecer de urinar logo após!
Cuidado com a ducha!
Muitas mulheres têm o hábito de fazer duchas vaginais, e acreditam estar cuidando melhor da saúde íntima dessa forma. “A vagina não demanda higiene excessiva, muito pelo contrário, esta pode ser danosa”, alerta Livia. Usar essas duchas ou exagerar no sabão torna esse órgão mais suscetível a algumas infecções, porque ocorre um desajuste nos mecanismos de proteção vaginal. Além disso, também é preciso ficar atenta à depilação, que pode favorecer o aparecimento de doenças, já que os pelos funcionam como uma camada protetora.
Conheça os principais riscos
Conhecer é o primeiro passo para se prevenir, né? A ginecologista afirma que os maiores perigos para a saúde da região íntima são as doenças sexualmente transmissíveis como herpes genital, clamídia e a gonorreia. “Todas elas são muito comuns no nosso meio e podem ser evitadas com o uso do preservativo”, lembra. A infecção urinária é outra complicação comum nas mulheres. Já em crianças, costuma ocorrer o corrimento vaginal devido a uma má higiene da vulva. Por outro lado, o excesso de higiene pode favorecer o aparecimento de candidíase ou de vulvites alérgicas, por isso não exagere!
Não deixe de fazer consultas de rotina!
O ideal é se consultar com o ginecologista pelo menos uma vez por ano. “Na consulta, o médico deve abordar temas como anticoncepção, planejamento reprodutivo, profilaxia das doenças sexualmente transmissíveis e vacinação”, ela explica. Mesmo que seja um pouco chatinho, o exame preventivo é muito importante! Ele deve ser colhido nas mulheres a partir de 25 anos ou que já iniciaram a vida sexual. Já a mamografia pode esperar até os 50 anos. Nas mulheres com menos de 25 é importante a pesquisa anual de clamídia e gonococo, mesmo nas que não apresentam nenhuma queixa. Além disso, a médica lembra da importância de que seja feita a pesquisa de outras doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e sífilis.
Dra. Livia Migowski, ginecologista da Perinatal
CRM: 52906824



