Taís Rochel: conheça a brasileira que trocou a moda pelo esgrima e é destaque mundial no esporte
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Para provar que ela não é novata no esporte, prepare-se para se chocar com essas infos: ela já conquistou mais de 20 títulos nacionais, 10 campeonatos brasileiros e participou das Olimpíadas 2016, com uma belíssima estreia contra Lubna-Al-Omair, a rival do Cazaquistão. Atualmente ela também está trabalhando como técnica de novos atletas, mas continua competindo. Venha conhecer mais sobre ela!
Como tudo começou no esporte
A atleta começou a praticar esgrima por influência do irmão, quando tinha apenas 6 anos. E sua relação com o esporte começou de forma bem gostosa, podemos dizer: “Como eu era muito nova e precisava esperar meu irmão, achava um saco ficar lá, de bobeira. Até que um dia a treinadora me fez uma proposta irrecusável: se eu começasse a treinar, ela me daria um ‘vale-lanche’ após os treinos. Desde então, não larguei mais”, conta. E quem diria não a um lanchinho de graça, né? ;)
O reconhecimento veio só depois das competições internacionais
Conquistar espaço em qualquer esporte é uma caminhada longa e demorada. Para Taís, o reconhecimento veio depois que ela começou a participar de competições internacionais e também quando começou a fazer estágios de treinamento fora do país.
“Com o tempo deixei de ser a brasileira que ‘caiu de paraquedas’ nas competições e comecei a ser conhecida como ‘Taís Rochel do Brasil’. Fazer parte de clubes renomados, como Esporte Clube Pinheiros e Frascati Scherma, da Itália, também ajudou muito. Hoje em dia dizem que sou a RP da esgrima (risos), mas, de fato, em todos esses anos acabei conhecendo muita gente de vários países, e isso me ajudou, inclusive, na minha vinda para a Austrália”, conta.
Sair do mercado de moda não foi uma decisão fácil
Taís conciliava a vida entre os treinos de esgrima e uma marca de roupas voltada para esportes. Tudo ia muito bem com os negócios, mas uma reviravolta fez com que tudo mudasse em sua vida.
“Uma grande empresa brasileira propôs dar ajuda de custo a alguns atletas, pagar viagens internacionais para competirmos e ainda termos a possibilidade de morar em outro país para treinar, coisa que antes do patrocínio era praticamente impossível. Logo, foi difícil deixar minha marca, que estava indo bem, mas, ao mesmo tempo, estava muito feliz em poder treinar com os melhores do mundo em Frascati, na Itália”.
Como é ser uma treinadora mulher e lidar com o machismo
Taís sempre achou que nunca havia sofrido machismo. Mas agora, com o passar do tempo, começa a perceber que ele sempre esteve presente, mas inconscientemente, o camuflava. Hoje percebe que o comportamento das atletas mulheres nos bastidores sempre teve um julgamento opressor em comparação ao homens. Como treinadora, ela conta que muitas vezes duvidaram de capacidade técnica para ensinar meninos por ser mulher: “Muitos acreditam que sou boa técnica apenas para meninas. Minha sorte é que tenho dois atletas garotos que estão arrebentando e estou provando o contrário, que posso ser boa tanto para meninas quanto para meninos”, diz.
O futuro como treinadora e novos objetivos
A campeã está muito feliz com os resultados da nova fase, como técnica,. e amando cada aprendizado dessa profissão. Sobre vermos Taís Rochel em país uma Olimpíadas, ainda é uma dúvida:
“Conquistei uma vaga na Olimpíada, e esse era meu grande objetivo! Agora estou vendo que as conquistas dos meus alunos estão se tornando meus novos objetivos. Logo, está claro que a tendência é me importar mais com eles do que comigo mesma (risos). Então, estou nessa transição. Não me aposentei ainda e tenho competições para fazer em breve, mas tudo indica que aos poucos vou aceitando que, talvez, minha fase como atleta esteja acabando”, revela.
Enquanto isso, estamos na torcida para vê-la fazer muito sucesso como técnica poderosa e como atleta extraordinária. <3
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