Fique atenta: sintomas que podem representar uma DST na mulher
Fique atenta: sintomas que podem representar uma DST na mulher
Quais são os riscos de contrair uma DST?
Além dos sintomas muitas vezes dolorosos que envolvem uma DST, contraí-las pode apresentar sérios riscos de desenvolver outras complicações: “Câncer de colo uterino, câncer de vulva e vagina, infecções pélvicas graves (a paciente precisará ser operada com risco de perder útero, trompas e ovários), sequelas neurológicas, traumas psicológicos, entre outros”, diz o médico. Para ele, é importante começar o tratamento precoce para diminuir as sequelas e as chances de desenvolver outras doenças oportunas.
Sintomas de DSTs para ficar de olho!
O ginecologista cita os principais sinais de doença sexualmente transmissível para ficar de olho:
- Corrimento vaginal branco espesso ou amarelado, com ou sem odor;
- Verrugas vulvares e vaginais;
- Coceira;
- Dor pélvica aguda e crônica;
- Sangramento vaginal;
- Ardor.
Saiba quais são as DSTs mais comuns na mulher
De acordo com o ginecologista, as DSTs mais conhecidas são HPV, sífilis, clamídia, tricomoníase, herpes genital, HIV e a gonorreia. Conheça um pouco mais sobre cada uma em nosso pequeno resumo:
1) Tricomoníase
A infecção genital é causada por um parasita e provoca corrimento vaginal, odor desagradável, coceira intensa e dor ao urinar. Sua transmissão ocorre pela relação sexual e o contato com secreções de uma pessoa contaminada, homem ou mulher. O tratamento é feito com antibiótico oral e ambos parceiros devem tomar.
2) HPV
O papiloma vírus humano (HPV) é transmitido tanto pela penetração sem camisinha como pelo sexo oral. Muitas vezes pode ser uma doença assintomática, o que aumenta o risco de contrair a doença sem nenhum sintoma visível. Um dos grandes riscos do HPV é a complicação evoluir para um câncer de colo uterino. Além da camisinha, a vacina também é uma forma de prevenção e o exame preventivo pode ajudar a detectar precocemente a infecção viral, o que facilitará o tratamento.
3) Clamídia
Nas mulheres, os sintomas mais comuns são corrimento vaginal, odor forte e ardor ao urinar. Mas, em alguns casos, a doença pode ter evolução silenciosa, o que torna a disseminação mais perigosa. A clamídia pode causar infertilidade, aborto e, em casos mais graves, até a morte.
4) Sífilis
Essa doença causa feridas nos genitais e caroços na virilha, aproximadamente, duas semanas após o sexo desprotegido com alguém infectado. Muitas vezes os sintomas passam despercebidos. Na terceira fase da doença, as marcas podem sumir, mas ainda há risco de contaminação.
5) Herpes genital
A doença é causada por vírus e pode afetar homens e mulheres. Ela é transmitida através da relação sexual e pode provocar coceira e pequenas feridas inicialmente e depois evoluir para úlceras e crostas na pele. É possível controlar o problema com medicamentos, no entanto, a herpes permanecerá ativa no corpo e os sintomas podem reaparecer depois de anos.
6) AIDS
Causada pelo vírus HIV, a doença começa com simples sintomas de gripe ou pode ser assintomática até a evolução do quadro, quando a pessoa começa a ter infecções, perda de peso, fagina, inchaço dos glânglios, vermelhidão na pele, sudorese noturna e febre. Apesar de ainda não existir uma cura, mas a medicação correta pode retardar a evolução da doença e ajudar a controlar infecções.
7) Gonorréia
Uma infecção bacteriana que tem como sintomas o corrimento anormal, dor ao urinar, febre, menstruação irregular, dor no abdômen e micção frequente. A melhor maneira de evitar a transmissão é usando camisinha, inclusive, no sexo oral. A gonorréia pode provocar inflamatória pélvica, gravidez ectópica (fora do útero) e infertilidade.
Saiba como se prevenir das DSTs
O principal cuidado para se prevenir de DSTs é o uso do preservativo. Nem mesmo a pílula anticoncepcional é capaz de protegê-la nesse caso. Mulheres que costumam ter relações sexuais com parceiros diferentes estão mais susceptíveis à infecção. Portanto, a camisinha é sua grande aliada na prevenção. Procure seu ginecologista sempre que notar alterações no trato urinário ou feridas, manchas e secreções anormais na região íntima. Além disso, mantenha uma boa higiene íntima e coloque seus exames ginecológicos em dia.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dr. Luis Renato Mancini de Castro - ginecologista do Instituto EndoVitta
CRM: 97755



