Queda de pressão no calor: a menstruação pode ter alguma relação?
Queda de pressão no calor: a menstruação pode ter alguma relação?
A menstruação pode colaborar para a queda de pressão nos dias muito quentes?
De acordo com a médica, nos dias quentes existe uma tendência maior para a queda da pressão devido à vasodilatação provocada pelo calor. “Ocorre dilatação dos vasos sanguíneos para facilitar a perda de calor corporal para o meio ambiente. Essa vasodilatação faz a pressão cair. Se associado a isso a paciente estiver sangrando, esse fluxo pode, sim, colaborar para a queda da pressão e para o mal-estar”, esclarece.
Como identificar e tratar os efeitos da pressão baixa?
A queda de pressão pode aparecer de surpresa ou pode dar sinais como sonolência, tonturas, dor de cabeça e, em alguns casos, desmaios. Segundo a ginecologista, quando os primeiros sintomas forem percebidos, o mais indicado é procurar um local ventilado, se hidratar tomando bastante líquido, elevar as pernas procurando uma posição em que elas fiquem mais altas do que o tronco e ingerir um pouco de sal embaixo da língua ou frutas. “Em longo prazo também é bom evitar roupas quentes e apertadas, praticar exercícios físicos e fazer uma nutrição adequada. Esse cuidados também colaboram para que isso não volte a acontecer”, acrescenta a médica.
Saiba como fazer a higiene menstrual em dias de muito calor
Em épocas de muito calor, o cuidado com a higiene íntima durante a menstruação merece uma atenção especial. Como a transpiração é elevada nessa região nos dias quentes, as trocas de absorventes precisam ser mais frequentes, para evitar que o contato do sangramento com a umidade íntima provoque um desequilíbrio na flora vaginal e, consequentemente, a proliferação de microrganismos causadores de infecções vaginais. Vale lembrar que a higiene deve ser feita no banho com sabonete íntimo, com pH ideal para manter a acidez da vagina. Deve-se evitar fazer a higienização com duchas d’água - o famoso chuveirinho - porque o jato forte pode remover a mucosa protetora da vagina e deixá-la mais vulnerável a infecções.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dra. Paula Bortolai Martins Araujo, Ginecologista-obstetra do IPGO – Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia
CRM: 127.101



