Pressão estética: o que é e como isso afeta as mulheres diariamente
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Mesmo no Brasil, um país em que 54,9% da população é declaradamente negra ou parda (segundo dados do IBGE, 2016), o ideal de beleza ainda é associado a uma pessoa branca, loira, magra e, preferencialmente, malhada. É o famoso padrão europeu. Admitir que esses critérios realmente definem uma imagem perfeita é bastante perigoso, especialmente para as mulheres.
Fatores como raça, genética, condição social, entre tantos outros, tornam cada pessoa única e diferente das demais. Levando isso em consideração, fica fácil compreender porque a ideia de um molde padronizado é tão impraticável. Essa corrida pela perfeição estética não tem pódio de chegada e é uma das grande responsáveis por gerações de mulheres insatisfeitas com a imagem no espelho e, muitas vezes, infelizes.
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A busca pelo corpo perfeito faz mal à saúde física e emocional da mulher
O culto ao corpo perfeito não compromete somente os bolsos das mulheres. A influência negativa dessa pressão estética é muito maior do que gostaríamos de admitir. Afinal, a busca incessante por mudanças na própria imagem pode ser bastante exaustiva, tanto física quanto mental e emocionalmente.
Se considerar insuficiente 24 horas por dia é um prato cheio para a ansiedade e a baixa autoestima. Essa sensação de que poderíamos e deveríamos estar mais próximas da perfeição costuma surtir o efeito contrário e gerar cada vez mais insegurança entre as mulheres. Os reflexos desse comportamento vão desde a vida pessoal e profissional até a saúde física e podem ser muito prejudiciais.
Infelizmente, não é raro encontrar relatos de mulheres que desenvolveram distúrbios alimentares, como a bulimia e a anorexia, por conta da pressão estética. Também por isso, ter uma relação de cuidado e respeito com o próprio corpo é fundamental. Nós sabemos que adquirir essa compreensão nem sempre é uma tarefa fácil e, na maioria das vezes, demanda um trabalho de desconstrução diário. Tente manter em mente que você é muito mais do que a sua aparência e direcione a sua energia para outros aspectos da sua personalidade. Isso pode ajudar bastante!
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A rivalidade entre as mulheres também é um reflexo da pressão estética
A rivalidade entre as mulheres tem sido um tópico de discussão cada vez mais presente entre as rodas de conversa. Como já era de se esperar, o machismo e a sociedade patriarcal têm uma grande parcela de culpa na construção desse comportamento milenar. No caso da pressão estética, não é muito diferente. Desde crianças, as meninas são ensinadas a competir pela atenção do homem e, consequentemente, tratar outras meninas como rivais.
Na maioria das vezes, essa disputa é pautada em características físicas. Quem estiver mais próxima do padrão estético da época, será considerada a melhor e levará o tão sonhado prêmio para casa: a validação masculina e, portanto, uma garantia de segurança na sociedade. Vale lembrar que esse modelo de beleza perfeita costuma ser definido pela mídia e pela indústria, que, por sua vez, ainda são majoritariamente controladas pelos homens. Precisamos dizer mais alguma coisa?
Está na hora de romper determinadas inseguranças que não correspondem mais (ou, pelo menos, não deveriam) à realidade igualitária que estamos tentando construir. Essa competição com outras mulheres acaba sendo, na verdade, uma visão distorcida sobre a nossa própria imagem. Enxergamos a outra como mais bonita, mais interessante e por aí vai. Para quebrar esse ciclo eterno, é essencial enxergamos a beleza na diversidade e, principalmente, praticar a tão falada sororidade.
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