Pílula do dia seguinte: o que acontece depois de tomar o contraceptivo de emergência?
Pílula do dia seguinte: o que acontece depois de tomar o contraceptivo de emergência?
Como se deve tomar a pílula do dia seguinte
Existem dois tipos de pílula do dia seguinte: um tipo contém apenas uma pílula de 1,5 mg de levonorgestrel e outro que contém duas pílulas com 0,75 mg cada para serem ingeridas em horários diferentes. A dosagem hormonal delas é a mesma, portanto, a única diferença é a administração. A pílula única deve ser ingerida até 72 horas após o ato sexual sem preservativo. Já para a cartela dupla, a primeira deve ser ingerida após a relação sexual e a segunda depois de 12 horas. Quanto mais distante da relação, menor será a eficácia do medicamento. Vale lembrar que a eficácia é maior nas primeiras 24 horas.
Não é recomendado usar a pílula de emergência mais de uma vez por mês, pois isto reduz a eficácia do hormônio no organismo e desregula o eixo hormonal da mulher, gerando ausência ou atraso da menstrual e outros efeitos colaterais.
Como a pílula do dia seguinte atua para prevenir a gravidez
A objetivo da pílula do dia seguinte é bloquear a ovulação e dificultar o acontecimento gestacional. Ela é composta com alta dose do hormônio levonorgestrel, um derivado sintético da progesterona, e age inibindo o eixo hormonal feminino com consequente impedimento ou retardo da liberação do óvulo (ovulação). Além disso, a pílula também impede a formação do endométrio (camada que reveste o útero para proteger o embrião) e torna o ambiente do útero (naquele momento) hostil para o espermatozóide, impedindo que ele chegue ao óvulo caso já tenha ocorrido a ovulação. Durante este processo, a produção dos hormônios sofre alterações, o que pode resultar na desregulação da menstruação.
Possíveis efeitos colaterais da pílula do dia seguinte
Após tomar a pílula do dia seguinte, o organismo precisa se readaptar aos hormônios ingeridos em alta dose. Por conta disso, podem surgir alguns efeitos colaterais nos dias posteriores. Veja quais são:
- Enjoos;
- Dor de cabeça;
- Diarreia;
- Vômito;
- Irregularidade na menstruação;
- Acne.
De acordo com o ginecologista, as mudanças provocadas pela alteração do eixo hormonal podem demorar até quatro meses para normalizar, tempo necessário para os hormônios femininos voltarem a produção normal, fazendo com que a ovulação e o ciclo menstrual regularizem novamente. “Neste período, pode não ocorrer a menstruação ou haver a diminuição do intervalo entre as menstruações”, diz o médico. Também é comum sentir enjoos e o surgimento de acne pelo fato da progesterona presente nesta pílula (levonorgestrel) ter tendência a formar hormônios masculinos que podem predispor à acne.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Alexandre Zabeu Rossi - Especialista em Ginecologia e Obstetrícia e Diretor da Clínica Rossi
CRM: 79963
http://www.alexandrezabeurossi.com.br/
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