Ovários policísticos: o que muda na vida da mulher após o diagnóstico?
Ovários policísticos: o que muda na vida da mulher após o diagnóstico?
Dá para levar uma vida normal com ovário policístico?
Segundo a ginecologista Mariana Conforto, para quem tem síndrome dos ovários policísticos, nada a impede de levar uma vida normal. Ela ainda acrescenta que as pacientes com sobrepeso, que possuem SOP, devem ser encorajadas a perder peso: “Dessa forma é possível um retorno ao funcionamento normal dos ovários”, diz.
Ao agendar uma consulta com a sua ginecologista, pergunte sobre tratamentos hormonais, como qual pílula é a mais indicada para o seu caso. A pílula tem a função de "proteção do endométrio”, naquelas que tem um ciclo menstrual irregular e ficam longos períodos sem menstruar.
Como lidar com os efeitos da síndrome no corpo e na pele?
É preciso lidar com os efeitos da síndrome no corpo e na pele da melhor forma possível. Se isso se tornar um incômodo muito grande, como o surgimento de pelos, oleosidade em excesso e acne, a recomendação é procurar um dermatologista para um tratamento complementar. “Os efeitos da síndrome devem ser tratados caso a caso e a ajuda de uma equipe multidisciplinar com dermatologistas ajuda bastante”, diz a médica.
No caso do tratamento ser feito com pílula anticoncepcional, deve-se escolher uma tratamento antiandrogênico para minimizar os efeitos indesejados como a acne e pelos.
A síndrome pode dificultar o desejo de engravidar?
De acordo com a especialista, não necessariamente quem tem SOP terá algum problema de infertilidade. Por isso, o ideal é conversar com sua ginecologista para investigar se esse é o seu caso. “Devemos suspender o método contraceptivo, avaliar os ciclos menstruais para saber se a paciente está ovulando. Se não houver gestação após tentativas, é preciso investigar o casal e procurar outras causas de infertilidade”, esclarece.
Se a mulher não estiver ovulando, pode-se oferecer medicações como indutores de ovulação. Porém, a médica destaca que cada caso deve ser acompanhado meticulosamente pelo profissional de confiança, para monitorizar os folículos e propor o tratamento adequado.
Dra. Mariana Conforto - Ginecologista e obstetra da Perinatal.
CRM: CRM:5296454-9



