"Nanette" conta a história inspiradora da comediante Hannah Gadsby
"Nanette" conta a história inspiradora da comediante Hannah Gadsby
Tudo começou com em origem
Vinda da Tasmânia, uma pequena ilha próxima à Austrália, Hannah cresceu naquelas típicas cidades pequenas, onde todos se conhecem. Ela conta que por lá, durante toda sua adolescência, ser gay era crime. De tanto ouvir isso das pessoas próximas, ela própria passou a ter uma certa homofobia quanto a essas questões. Quando ela finalmente se entendeu como lésbica, o preconceito já estava completamente enraizado na mente dela.
O problema da autodepreciação
Hannah conta que para ser aceita e engraçada, começou sua carreira de comediante fazendo piadas autodepreciativas em seus stand-ups. Ela se diminuía para poder pedir permissão ao mundo para conseguir falar. “Vocês entendem o que autodepreciação significa quando vem de alguém que já existe à margem? Não é humildade, é humilhação”, comenta.
O jeito certo de contar histórias
Por isso que, durante “Nanette”, Hannah fala bastante sobre como contava sua história da forma errada. Vítima de violência física e abuso sexual, ela acredita que aprendemos com a parte em que a história foca. E ela decidiu focar no aprendizado desses terríveis episódios.
“É isso que acontece quando você enche uma criança de vergonha e dá permissão a outra para odiar. Porque é perigoso ser diferente! Não sou vítima. Conto isso pois minha história tem valor”, desabafa. E sua história tem muito valor! Por isso que ela pensa em deixar de fazer os stand-ups, pois neles ela não conta sua história da forma certa.
O que é humanidade?
Superação resume tudo pelo que Hannah passou. Depois de vencer muitas adversidades e obstáculos, ela admite que sua sensibilidade e sua humanidade são a sua força. Sua humanidade foi o que a salvou em muitos momentos. “Se alguém tira suas forças, ela não destrói sua humanidade. Sua resiliência é sua humanidade. As únicas pessoas que perdem a humanidade são as que acham que têm o direito de tirar as forças de outro ser humano”, explica.
A evolução para o humor crítico
Do humor autodepreciativo para o humor crítico, ela não quer mais ter que se envergonhar de ser quem é durante as apresentações. Por isso que, em Nanette, suas piadas essencialmente criticam o mundo. Ela questiona a figura do homem branco hétero, a posição das mulheres na sociedade e a generalização da mulher lésbica.
Sobre o preconceito, ela diz que foi perdendo aos poucos e hoje sabe que sua força é saber a pessoa que é e qual seu papel no mundo pensando em quem ela representa. Hoje é difícil alguém conseguir diminuir ela por toda a história e todas as experiência que ela já vivenciou. “Porque todos vocês sabem que não há nada mais forte que uma mulher destruída que se reconstruiu”, finaliza. A história de Hannah representa a força enorme que é a superação. Se ela vai ou não aposentar sua carreira de comediante, ainda não se sabe. Mas é certeza que quaisquer apresentações futuras vão mudar daqui para frente!
Não deixe de conferir mais essa história disponível na Netflix, aposto que vai amar!
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