Minha mãe vai ficar sabendo o que eu conversar com meu ginecologista no consultório?
Minha mãe vai ficar sabendo o que eu conversar com meu ginecologista no consultório?
Como vou saber se o ginecologista não vai contar a nossa conversa para a minha mãe?
De acordo com a médica, o adolescente tem o direito de ser atendido sem a presença dos pais e, se tiver condições de avaliar seu problema e de conduzi-lo por conta própria, tem o direito ao sigilo médico, salvo em situações de risco para sua saúde: “Em casos de doenças sexualmente transmissíveis, gestação indesejada, violência e uso de drogas”, diz Paula.
Para a menina que ainda não se sente confortável na frente da mãe e por isso muitas vezes deixa de ir ao ginecologista, a especialista recomenda que ela vá acompanhada de algum outro familiar com quem se sinta mais à vontade, como a irmã, prima, madrinha ou pode ir sozinha. No entanto, é interessante que a menina possa conversar com os pais a respeito, explicando que se sentiria mais confortável se entrasse sozinha na consulta e pedir para agir assim.
Em que situações o ginecologista precisa falar para a mãe da paciente o que foi conversado?
De acordo com a ginecologista, situações que coloquem em risco a saúde da menina devem ser comunicadas aos pais, porém, a adolescente deve ser informada sobre a quebra do sigilo. “Situações em que o profissional percebe que o adolescente não tem condições de arcar sozinho com sua saúde ou se conduz de forma a causar danos a si ou a outras pessoas é considerada justificável”, afirma a médica. Entre essas ocasiões, ela destaca a gravidez precoce, AIDS, percepção da ideia de suicídio ou homicídio, vício em drogas e recusa ao tratamento.
Como é a consulta com um ginecologista?
As consultas a este profissional servem basicamente para checa seu estado de saúde íntima, com realização de exame como o preventivo se for necessário. No entanto, a consulta também serve para esclarecer dúvidas que você possa ter quanto à sua menstruação, uso de preservativos, relação sexual e seus cuidados e qualquer outro assunto que diga respeito a saúde ginecológica. Não deixe de perguntar quando sentir necessidade.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dra. Paula Bortolai Martins Araujo, Ginecologista-obstetra do IPGO – Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia
CRM: 127.101



