Métodos contraceptivos sem hormônio: saiba como funciona e se você pode utilizar
Métodos contraceptivos sem hormônio: saiba como funciona e se você pode utilizar
Todo mundo pode substituir o método contraceptivo com hormônios por um sem?
Cada mulher têm necessidades individuais que vão definir qual é o melhor método contraceptivo para cada uma. Segundo a médica, normalmente a recomendação de um método não-hormonal é feita para quem tem alguma restrição ao uso de hormônios: “As pacientes que têm alguma contraindicação ao uso de hormônio, como as que possuem hipertensão, doenças hepáticas, histórico de trombose ou histórico familiar de câncer de mama, podem se beneficiar com o uso de métodos contraceptivos não-hormonais”, explica.
As vantagens e desvantagens dos métodos contraceptivos não-hormonais
De acordo com a médica, os métodos não hormonais não interferem, por exemplo, na libido, peso, TPM, acne e hirsutismo (excesso de pelo). “Para as pacientes com queixa de diminuição de libido, leve ganho de peso, enxaqueca, náuseas ou vômitos, a substituição do método hormonal pelo não-hormonal pode ser benéfica”, explica.
Já nos casos de pacientes com síndrome dos ovários policísticos ou que simplesmente têm pele oleosa, acne, TPM intensa ou apresentem sangramento anormal, a especialista afirma que o uso do contraceptivo hormonal é mais indicado.
Conheça alguns métodos contraceptivos não-hormonais
Entre os contraceptivos não-hormonais, existem os chamados comportamentais, que são bem conhecidos: tabelinha e coito interrompido. Além dos métodos de barreira como DIU, diafragma e preservativo. Saiba mais sobre eles!
Comportamentais
Tabelinha
A tabelinha é um método simples e muito utilizado. Consiste apenas em não ter relação sexual durante o período fértil, que normalmente acontece no meio do ciclo. Mas, fique ligada, é preciso ter atenção e conhecer muito bem o ciclo menstrual. É suscetível a falhas, principalmente pela dificuldade de saber com precisão cada fase do ciclo, já que nem todos são regulares.
Coito interrompido
Interromper o coito nada mais é do que evitar a ejaculação dentro da vagina. Também é um ato muito comum, mas pode oferecer muitas falhas como contraceptivo. Muitas vezes pode acontecer da ejaculação iniciar antes da interrupção. Além disso, antes da liberação do esperma o homem pode liberar um líquido que é repleto de espermatozóides.
Métodos de barreira
DIU de cobre
“O DIU de cobre ou de prata (dispositivo inserido no útero para bloquear a fecundação), por exemplo, tem alta efetividade desde que estejam bem posicionados”, diz a médica. A ginecologista destaca que, após a colocação, o ideal é realizar uma video-histeroscopia para melhor posicionamento do dispositivo ou realização de ultrassonografia transvaginal após a inserção para certificar que esteja no local correto. “A vantagem do DIU de prata e que não aumenta o sangramento vaginal, muito frequente nas usuárias de DIU de cobre”, diz a especialista.
Diafragma
O diafragma é um dispositivo de látex flexível que deve ser inserido no fundo da vagina cuidadosamente, fechando o colo do útero e, assim, impede que o espermatozóide chegue ao útero. Ele deve ser colocado 30 minutos antes da relação sexual e pode ser mantido até 10 horas. O risco de falhas está na colocação incorreta ou na retirada antes do tempo estipulado. Mulheres virgens, com alergia a latex ou doenças no colo do útero não podem utilizar esse método.
Camisinha feminina ou masculina
A camisinha (feminina ou masculina) é o método de barreira mais comum e sempre deve ser usada, independente do contraceptivo ser hormonal ou não. Afinal, os métodos previnem a gravidez, mas não o contato com doenças sexualmente transmissíveis. “A camisinha só tem esta eficácia se utilizada em 100% das relações sexuais”, afirma a médica.
Paula Nogueira Bueno, ginecologista da Perinatal
CRM: 5279024-9



