Endometriose: o que é, sintomas, tratamento e tudo o que você precisa saber sobre a doença
Endometriose: o que é, sintomas, tratamento e tudo o que você precisa saber sobre a doença
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A endometriose, em alguns casos, pode ser silenciosa. Isto quer dizer que nem sempre há manifestação de sintomas, o que dificulta muito o diagnóstico precoce. Embora, geralmente, seja diagnosticada entre 25 e 35 anos, a doença pode começar alguns meses após o início da primeira menstruação. Estima-se, internacionalmente, que o atraso no diagnóstico chegue a 8 anos. Em muitos casos, isso acontece porque não é dada a devida importância para dores intensas no período menstrual, sendo esse o principal sintoma da doença.
Quando a endometriose não é tratada de forma adequada, pode provocar sérios danos à saúde da mulher, como a infertilidade. Saiba mais a respeito da doença:
Endometriose: o que é
Antes de compreender mais a fundo o que é endometriose, também é preciso entender o papel do endométrio no organismo feminino. O endométrio é uma membrana que reveste as paredes internas do útero e tem como principal função preparar o órgão do aparelho reprodutor para uma possível gestação. Todo mês, esse tecido se “alinha” para a fecundação e passa por um processo de expansão. Quando a gestação não acontece, o endométrio é expelido através da menstruação.
Dito isto, fica mais fácil entender no que consiste a endometriose. A doença nada mais é que uma má formação do endométrio, que, nestes casos, cresce fora do útero e pode atingir outras partes do corpo, como as trompas, os ovários, a bexiga e até mesmo o intestino. Durante o período menstrual, essas células mal localizadas também provocam sangramentos e dores, como a cólica.
Endometriose: quais são as causas da doença?
Um dos grandes desafios relacionados à doença é que ainda não se sabe ao certo as causas da endometriose. Porém, alguns fatores considerados de risco podem incentivar o surgimento da condição, incluindo a presença de familiares próximas (mãe ou irmã) que já tenham apresentado o transtorno.
A menstruação retrógrada, quando o sangue menstrual vai direto para a cavidade pélvica, também pode ser citada como um agente motivador da condição. Em vez de ser expelida pela vagina, parte da menstruação acaba se desviando de seu trajeto habitual e migra em direção aos ovários. O evento pode causar algumas lesões no tecido e acabar ocasionando o problema.
Outro fator que favorece o desenvolvimento da endometriose é o sedentarismo. Uma rotina de exercícios adequada pode melhorar anormalidades posturais, frequentemente associadas às dores pélvicas da endometriose, e ainda estimula a produção de endorfina, substância responsável por provocar a sensação de felicidade e prazer. O que nos leva a outro elemento de forte relevância: o estresse.
O mal do século provoca alterações hormonais que podem favorecer o desenvolvimento excessivo das células endometriais. Por isso, tente adotar um estilo de vida mais saudável. Controlar os níveis de estresse e ansiedade e relaxar o máximo possível. Lembre-se: sua saúde é prioridade.
Veja também: Estilo de vida pode deixar mulheres mais propensas a desenvolver endometriose. Entenda!
Endometriose: sintomas para identificar e procurar ajuda médica
Para muitas mulheres, a endometriose pode ser uma doença silenciosa. Isto porque, nem sempre o distúrbio apresenta sintomas iniciais, sendo assim, muitas vezes as dores só surgem quando a doença já evoluiu.
Algumas mulheres com endometriose sofrem com dores muito intensas antes e depois da menstruação. Confira as principais manifestações da doença:
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Cólica menstrual intensa: pode aumentar com a evolução da doença, podendo muitas vezes incapacitar a mulher de realizar suas atividades cotidianas;
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Dor ao praticar relações sexuais (dispareunia);
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Fluxo menstrual muito intenso;
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Dor na região pélvica;
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Fadiga e exaustão;
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Dificuldade para engravidar;
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Infertilidade (em casos mais graves);
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Dor e sangramento ao evacuar ou urinar;
Veja também: Endometriose pode levar à infertilidade. Ginecologista fala em que faixa etária ela costuma dar sinais e como diagnosticar a doença
Endometriose: como é feito o diagnóstico?
A demora ao diagnosticar a endometriose é um dos grandes perigos associados à doença. Algumas mulheres podem desenvolver a condição e não apresentar nenhum sintoma aparente, o que dificulta a identificação do problema. A melhor maneira de evitar que isso aconteça é estar sempre atenta às características do seu ciclo menstrual. O fluxo está mais intenso do que o normal ou você está sentindo mais cólica do que costuma sentir nesta etapa do mês? Alterações como essas podem ser indícios de que algo está errado. Ao notar a presença destes sinais, procure um(a) ginecologista.
Vale ressaltar que a endometriose tende a aparecer a partir da primeira menstruação, também conhecida como menarca. Quanto antes o problema for detectado, melhor.
O(a) profissional habilitado deverá fazer uma série de testes para verificar a origem do problema e confirmar o possível diagnóstico de endometriose. O exame clínico, geralmente realizado no próprio consultório, nem sempre é o suficiente para atestar a doença. Por isso, os exames laboratoriais e de imagem costumam ter maior eficácia neste diagnóstico.
Veja quais exames podem identificar a endometriose:
- Exame de pélvico com toque vaginal e retal
- Ultrassonografia pélvica
- Ressonância magnética
- Laparoscopia
Como prevenir a endometriose? Alimentação adequada e exercícios físicos são fundamentais
Como ainda não existe um consenso sobre os possíveis agentes causadores da endometriose, a melhor estratégia para evitar o problema é investir em hábitos saudáveis. Aposte em uma alimentação mais equilibrada, que não dependa tanto de alimentos que podem favorecer o fator inflamatório do organismo. Frituras, gorduras, álcool e café estão entre os alimentos que devem ser consumidos de forma moderada.
Exercícios físicos também são recomendados para combater a endometriose. Atividades corporais estimulam a produção de endorfina, substância responsável pela sensação de felicidade capaz de provocar um efeito vasodilatador e analgésico, que pode reduzir consideravelmente o estresse.
Donas de um fluxo menstrual muito intenso também estão mais propensas ao aparecimento da endometriose. Por este motivo, é válido conversar com o(a) seu(a) médico(a) para avaliar a necessidade de reduzir ou não este fluxo.
Endometriose tem cura? Tratamento pode ser cirúrgico ou através de medicamentos
Ainda não existe cura definitiva para a endometriose. O tratamento visa aliviar os sintomas e combater à dificuldade em engravidar que algumas mulheres podem apresentar ao sofrer com a doença. Reposições hormonais e procedimentos cirúrgicos estão entre as formas mais comuns de tratamento. O caminho mais adequado para tratar as pacientes depende de diversos fatores e deverá ser definido pelo(a) profissional. Entenda melhor cada estratégia:
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Uso de medicamentos: além de reposições hormonais através da pílula anticoncepcional, o tratamento por meio de medicamentos também pode incluir substâncias analgésicas e antiinflamatórias.
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Cirurgia: o procedimento cirúrgico mais comum no tratamento da doença é a laparoscopia, que objetiva remover o foco da endometriose e suas aderências. Em casos mais graves, pode haver a necessidade de remoção de outros órgãos pélvicos já comprometidos pela condição.
Se a mulher estiver tentando engravidar, é bem provável que o(a) especialista a encaminhe para um Centro de Reprodução Humana, visto que a doença dificulta a gestação e, na maioria dos casos, faz com que a melhor alternativa acabe sendo a fertilização in vitro.
Março Amarelo é o Mês Mundial de Conscientização da Endometriose. Em 2020, CAREFREE® está apoiando o movimento Juntas Contra a Endometriose. O objetivo é trazer mais informações sobre a doença que é tão invisibilizada, apesar de acometer cerca de 6 milhões de mulheres brasileiras.
Acesse o site, veja depoimentos de mulheres que passaram ou passam por esse problema e apoie você também. Estamos juntas nessa causa!
https://www.juntascontraaendometriose.com.br/
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