Dor pélvica: o que pode ser? Consultamos um ginecologista para saber!
Dor pélvica: o que pode ser? Consultamos um ginecologista para saber!
Dor pélvica durante a menstruação pode ser apenas cólica menstrual
As dores uterinas mais comuns nas mulheres estão relacionadas ao ciclo menstrual e se manifestam em forma de cólicas. Segundo a médica, o aumento da produção e da concentração de um hormônio, chamado prostaglandina, ajuda a descamação do endométrio na fase menstrual. Em algumas mulheres, isso se manifesta com contrações uterinas, ou seja, cólicas. O termo técnico para essas cólicas menstruais chama-se dismenorreia e pode ser classificada em primária e secundária.
Quando primária, essa dor chega e vai embora com o fluxo menstrual. Segundo a ginecologista, pode não haver uma causa identificável para essas menstruações dolorosas. “Algumas mulheres, entretanto, têm mais fatores de risco para essas dores do que outras, como idade inferior a 20 anos, histórico familiar, tabagismo, sangramento intenso, menstruações irregulares, puberdade precoce e nunca ter tido filho”, explica. Quando secundária, essa dor está relacionada a algum problema que a torna cada vez mais severa. “Algumas dessas doenças são a endometriose, a adenomiose, os miomas, as doenças inflamatórias pélvicas e as doenças sexualmente transmissíveis”, esclarece a médica.
Dores na região pélvica feminina mais fortes podem indicar algum problema
De acordo com a ginecologista, mais de um terço das queixas nos consultórios ginecológicos são as dores pélvicas. Quase sempre essa dor parte de alterações nos órgãos reprodutores contidos na pelve feminina, que são o útero, os ovários, as trompas e a vagina. “Alguns sinais de que os órgãos reprodutores podem estar afetados, além das dores pélvicas, são o corrimento (principalmente, fétido e bolhoso), o sangramento fora do período menstrual ou durante a relação sexual, dor durante o sexo, coceira, vermelhidão, inchaço na vagina e aumento do volume abdominal. A presença de febre também é um sinal importante”, alerta a médica. Portanto, se você perceber esses sinais, não deixe de marcar uma consulta com a sua ginecologista imediatamente.
Exames básicos podem diagnosticar a dor na região pélvica
Segundo a especialista é necessário fazer exames como o toque vaginal e a coleta do preventivo para tentar descobrir a origem da dor pélvica. Além disso, ela afirma que os hábitos de vida da mulher, como uso de contraceptivos, DIU e camisinha, sempre devem ser considerados. “Deve-se também considerar as doenças sexualmente transmissíveis. Nesses casos, a coleta das sorologias é fundamental. O exame ultrassonográfico também pode trazer esclarecimentos sobre miomas e pólipos”, diz.
Dor pélvica crônica: como identificar?
De acordo com a ginecologista, a dor pélvica é considerada crônica quando sua duração persiste há pelo menos seis meses, afetando diretamente a qualidade de vida da mulher, tanto do ponto de vista físico, como emocional. Nesse caso, a dor pode estar relacionada a problemas do sistema reprodutivo como a endometriose (e suas variações), no sistema gastrointestinal (síndrome do intestino irritável e hérnias) e urinário (cistite intersticial e litíase urinária).
Este artigo tem a contribuição da especialista:
Dra Michelle Soares Zelaquett - Ginecologista e obstetra
CRM: 52.85064-0



