Dezembro Laranja: campanha de prevenção do câncer de pele
Dezembro Laranja: campanha de prevenção do câncer de pele
O câncer de pele pode aparecer em três tipos
Como em qualquer tipo de câncer, há a proliferação exagerada de células com o DNA alterado pelo organismo. Depois que acontece esse acúmulo, a região é lesionada, formando as lesões cancerígenas. Mas, quando a doença vem na pele, ela pode surgir em três formatos: o carcinoma basocelular, espinocelular e o melanoma. O que define como ele vai surgir é o tipo de célula responsável pela multiplicação anormal.
O mais comum é o primeiro, o carcinoma basocelular. Ele normalmente aparece na fase adulta, devido à exposição ao sol ao longo da vida. Um segundo tipo é o carcinoma espinocelular, que acomete a camada espinhosa da pele. Nesse caso, a doença pode aparecer em decorrência das radiações solares ou de tratamentos de quimioterapia e radioterapia. O último é o mais sério. “O melanoma é o mais raro, mais agressivo e com índice de mortalidade bem grande. Ele provém dos melanócitos, as células que produzem a melanina e que pigmentam a pele”, explica a dermatologista.
Cada tipo de câncer de pele tem um risco
O maior risco é quando a doença aparece com o melanoma. Nesses casos, um tumor pode provocar o aparecimento de outro, espelhando-se pelo corpo. Quando isso acontece, o acompanhamento médico é indispensável, já que o quadro pode ter bastantes complicações e causar até mesmo a morte. Já em situações como a do carcinoma espinocelular, metástases também podem ocorrer, embora não seja tão comum. O carcinoma basocelular é considerado o de menor risco. “Ele tem um comportamento benigno, pois não espalha, cresce no local e pode ocasionar perda de função, dependendo do órgão que ele venha comprometer, mas não é letal”, comenta a médica. É muito importante lembrar que nenhum dos casos dispensa acompanhamento médico.
Evite exposições periódicas ao sol sem nenhuma proteção
A Dra. Ana Carolina explica que as radiações ultravioletas e a exposição solar estão diretamente relacionadas aos tipos de câncer de pele. Mas tudo depende dos hábitos do paciente. “Um paciente de pele clara, bem branquinha, vai à praia sem o protetor e, eventualmente, passa o dia todo lá e se queima. E o outro é o paciente que tá sempre na praia, na piscina e não se protege adequadamente ao longo dos anos”, cita. No primeiro caso, as chances são maiores para que o melanoma apareça. No segundo, é mais comum que seja o carcinoma basocelular ou o espinocelular. O filtro solar em todos esses momentos poderia fazer a diferença e ser um importante agente na prevenção da doença.
Quais são as dicas para se proteger no verão?
A prevenção de qualquer um dos problemas envolve o protetor solar e outras formas de se proteger das radiações. “Usar roupa com filtro solar, ficar na sombra e evitar se expor ao sol das 10h às 16h, que é o horário em que o índice de radiação está maior”, indica a médica. Ela também alerta para os pacientes com a pele mais clarinha. “São mais propícios ao câncer de pele, pois não têm uma proteção natural, por conta do próprio DNA”, completa. Por isso, não se esqueça de procurar opções no mercado com níveis de proteção maior, veja sempre o FPS. Também se lembre de ler o rótulo para seguir as recomendações indicadas, principalmente de quanto em quanto tempo você deve passá-lo novamente.
Este artigo tem a contribuição da especialista:
Dra. Ana Carolina de Simoni Sumam - Dermatologista
CRM:52-72030-5



