Colocando DIU pela primeira vez? Tudo o que você precisa saber sobre esse dispositivo
Colocando DIU pela primeira vez? Tudo o que você precisa saber sobre esse dispositivo
Vantagens e desvantagens do DIU
Entre as inúmeras vantagens, o ginecologista Gustavo Pereira destaca a longa duração do método, que pode ser, em média, 10 anos para o DIU não-hormonal e 5 para o hormonal. É importante verificar as especificações contidas na embalagem do DIU utilizado. “O DIU de cobre, por não ter hormônio, não apresenta os riscos e efeitos colaterais do uso de hormônios, a fertilidade retorna imediatamente após sua retirada e ele pode ser inserido imediatamente após o parto”, diz o médico.
Sobre o DIU hormonal, ele recomenda como opção para mulheres que querem diminuir o fluxo menstrual, pois ele tende a levar o ciclo à amenorréia (ausência de menstruação). “Pode ser usado no tratamento de metrorragia (menstruação excessiva) e dismenorréia (menstruação dolorosa)”, acrescenta o especialista.
Outras vantagens do método intrauterino:
-
Alta eficácia anticoncepcional;
-
Não interfere nas relações sexuais;
-
Não diminui o apetite sexual nem o prazer;
-
Pode ser usado até a menopausa;
-
Não interage com outra medicação;
-
Pode prevenir a gravidez ectópica (fora do útero).
Como o DIU é inserido no útero?
Segundo a ginecologista Fernanda Mauro, o procedimento de inserção do dispositivo no útero da mulher é bem simples: “A paciente fica na mesma posição da coleta do preventivo e é introduzido o espéculo vaginal (bico de pato)”, diz, acrescentando também que alguns médicos optam por realizar um anestesia local no colo do útero. Primeiro é feita a medição do tamanho do útero e depois introduzido o DIU. O procedimento pode ser feito no consultório ou internada sob sedação.
Sobre a dor durante o procedimento, a médica diz que é relativa para cada paciente, mas pode ser comparada à cólica menstrual. “O uso de anti-inflamatórios ou analgésicos podem trazer um maior conforto para a paciente. Além disso, se o procedimento for realizado no período menstrual, momento em que o colo do útero está mais dilatado, pode facilitar”, acrescenta.
Quando o DIU começa a fazer efeito?
Os dois tipos de DIU possuem a ação mecânica de prevenir a gestação, logo, seu funcionamento começa a partir da introdução. No entanto, a ginecologista explica que alguns médicos preferem aguardar 15 dias ou o primeiro ciclo menstrual para avaliar a adaptação do corpo da mulher com o DIU e ter certeza que ele manteve a posição correta. O DIU de progesterona também tem a ação hormonal trazendo outra forma de proteção contra gestação.
Há risco do meu corpo não se adaptar e expulsar o DIU?
Para a médica, o risco de rejeição é baixo, mas existe. “A expulsão do DIU costuma ser acompanhada por cólica intensa e prolongada. Mas vale lembrar que após o procedimento a cólica é um sintoma normal e costuma melhorar com uso de medicação”, esclarece.
Vou precisar fazer manutenção? Quando devo trocar o dispositivo?
A manutenção do contraceptivo é a verificação da posição do dispositivo intrauterino. A primeira costuma ser feita após o primeiro ciclo menstrual e depois a cada 6 meses nas consultas de rotina com o ginecologista. Quanto à duração, o DIU hormonal deve ser trocado a cada 5 anos e o DIU de cobre a cada 10 anos.
Vou sentir o DIU durante a relação sexual? Pode espetar?
De acordo com a médica, não é comum sentir o DIU durante a relação sexual. “O dispositivo fica dentro do útero e um fio de segurança se estende até o colo do útero, ficando uma pequena parte (mais ou menos 1,5 cm) na vagina”, diz. Caso sinta espetar, procure seu ginecologista! Normalmente basta diminuir a parte que se encontra na vagina para não ter mais esse desconforto.
Este artigo tem a contribuição dos especialistas:
Dra. Fernanda Mauro - Ginecologista e Obstetra da Perinatal
CRM: 52-995185
Dr. Gustavo de Paula Pereira - Ginecologista
CRM: 119970 - SP



