Coceira na vagina: o que pode ser e como tratar o desconforto?
Coceira na vagina: o que pode ser e como tratar o desconforto?
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Veja a seguir as causas mais comuns para a coceira vaginal e suas formas de tratamento:
1) Candidíase: coceira e vermelhidão na vagina estão entre os sintomas da infecção
O fungo Candida albicans, responsável por desencadear a candidíase, está presente na flora vaginal saudável. A infecção acontece quando, por algum motivo, o microorganismo passa a se multiplicar excessivamente. Fatores como imunidade baixa, alterações hormonais e higiene íntima inadequada podem desequilibrar o pH vaginal e levar a esse crescimento acelerado. Além da coceira vaginal, a candidíase também apresenta outros sintomas. Corrimento branco pastoso e abundante, ardência ao urinar, inchaço e vermelhidão na vagina estão entre os principais.
Como tratar: geralmente, o tratamento para a candidíase é feito por meio de antibióticos. Esses medicamentos podem ser prescritos em forma de cremes e pomadas vaginais ou comprimidos via oral.
Veja também: Candidíase: 10 fatos esclarecedores sobre o corrimento vaginal
2) Uso inadequado do sabonete pode provocar alergias e coceira na vagina
Quando o assunto é higiene íntima feminina, o sabão escolhido deve ser específico para a região genital da mulher. O pH do sabonete íntimo respeita a acidez da vulva e, por isso, ajuda a manter a sua proteção natural. Qualquer produto com o pH muito diferente pode causar desequilíbrios na flora vaginal e deixá-la mais vulnerável a irritações e infecções responsáveis pela coceira. Outra recomendação é preferir sabonetes líquidos, já que o sabão em barra pode acabar sendo dividido pelos demais moradores da casa e aumentar as chances de contaminação.
Como tratar: interromper o uso do sabonete e aderir a novos hábitos de higiene íntima costuma ser o suficiente para aliviar a coceira na vagina. Se o sintoma persistir, procure um(a) ginecologista.
3) Algumas DST’s, como a herpes e a tricomoníase, têm a coceira vaginal como sintoma
A coceira vaginal também é uma possível manifestação de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Portanto, mulheres que praticam relações sexuais sem camisinha devem investigar melhor a situação assim que notarem o aparecimento da coceira na vagina. Veja algumas DST’s que podem provocar esse tipo de sintoma:
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Tricomoníase: além de gerar muita coceira na vagina, a tricomoníase também é capaz de ocasionar mau cheiro na região íntima, corrimento vaginal e dor ao urinar.
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Herpes genital: causada por um vírus, a doença pode ocasionar coceira vaginal e pequenas feridas na parte íntima da mulher. Em casos mais graves, essas lesões evoluem para úlceras e crostas da pele.
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Clamídia: coceira e ardência vaginal, dor durante o sexo e sensação de queimação ao urinar são alguns dos possíveis sintomas da clamídia. A DST também pode atingir o ânus e ocasionar um quadro chamado proctite, caracterizado por uma inflamação na mucosa do reto.
Como tratar: o tratamento vai depender da DST em questão, além do nível de gravidade da doença. O(a) médico(a) pode indicar medicamentos orais e pomadas para aliviar os sintomas e, em alguns casos, extinguir o agente causador da infecção.
Veja também: Fique atenta: sintomas que podem representar uma DST na mulher
4) Higiene íntima incorreta desequilibra o pH vaginal e pode gerar a coceira na vulva
Assim como a falta de higiene íntima, o excesso de limpeza da vagina também pode levar ao aparecimento de diversas doenças e infecções vaginais. Lavar demais a região íntima destrói as defesas naturais da vulva e favorece a proliferação de fungos e bactérias. Por isso, é importante higienizar o local com a frequência adequada.
O ideal é fazer a higiene íntima feminina de duas a três vezes ao dia e sempre respeitar o limite de três minutos por lavagem. Lembre-se: apenas a parte externa da vagina deve ser limpa! O interior da vulva possui propriedades autolimpantes e, por essa razão, não necessita de nenhum tipo de higienização. Utilize água e sabonete íntimo e faça movimentos circulares com os próprios dedos em todas as partes (externas) da vagina. Após o banho, seque bem o local e dê preferência a calcinhas de algodão (o tecido permite a circulação do ar).
Como tratar: se livrar da coceira vaginal causada pela falta ou excesso de higiene íntima é simples! Basta aderir a novos hábitos de higiene, respeitando os limites do organismo feminino e tudo voltará ao normal. Se os sintomas não desaparecerem após a nova rotina, recomenda-se procurar uma avaliação médica.
5) Infecções vaginais, como a vaginose bacteriana e a vulvite, também ocasionam coceira
Embora seja a mais comum, a candidíase não é a única infecção vaginal capaz de provocar a coceira íntima. A vaginose bacteriana e a vulvite (ou vulvovaginite), por exemplo, também têm a coceira vaginal entre os seus sintomas. Para facilitar o diagnóstico do(a) ginecologista, observe a presença de outras possíveis manifestações, como: vermelhidão, odor desagradável na parte íntima, corrimento com coloração diferenciada e ardência ao urinar. Com essas informações e alguns exames adicionais, o(a) médico(a) poderá identificar a raiz do problema e dar início ao tratamento adequado.
Como tratar: o uso de medicamentos via oral e pomadas e cremes vaginais costumam ser o caminho mais escolhido para tratar as infecções na vagina. Fora isso, a mudança de hábitos, especialmente na higiene íntima, também pode ser uma recomendação do especialista.
Veja também: As 3 principais doenças vaginais: como evitar e tratar
6) A depilação íntima é mais uma possível justificativa para a coceira na parte externa da vagina
Muitas mulheres ainda não abrem mão da depilação na região íntima. Atualmente, existem diferentes métodos para a retirada dos pelos pubianos, cada um com suas vantagens e desvantagens. Por mais que sejam práticas, tanto a depilação com cera (quente ou fria) quanto a com lâmina podem deixar os poros da vulva mais abertos e ocasionar a coceira no local. Tente perceber se o incômodo acontece um pouco após a depilação ou até mesmo quando os pelos estão voltando a crescer, isso pode ajudar a encontrar soluções para contornar o problema.
Como tratar: jamais subestime os cuidados pré e pós depilação! Etapas como hidratação e esfoliação são importantíssimas para um resultado eficiente e sem nenhum tipo de dano à região íntima. Produtos calmantes recomendados por dermatologistas também são uma opção. Se a situação não melhorar, talvez seja o caso de substituir o método de depilação por outro.
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