Cistite e infecção urinária é a mesma coisa? Entenda as diferenças
Cistite e infecção urinária é a mesma coisa? Entenda as diferenças
Como saber se a cistite é uma infecção provocada pela presença de bactérias
Quando o paciente apresenta sintomas urinários, ou seja, ardência para urinar, dor pélvica, sensação que a bexiga não esvazia, vontade frequente de urinar e, às vezes, com dificuldade de urinar, o primeiro diagnóstico que vem à cabeça é infecção urinária na bexiga. Nesse caso, o médico diz que é importante ir ao hospital para colher exame de urina e verificar se realmente há inflamação, além de realizar a cultura da urina para ver se há crescimento de bactérias que causam infecção. Se a urocultura (exame laboratorial para examinar bactérias na urina) for negativa ou se não houver melhora com uso de antibióticos após confirmar a infecção, deve-se investigar outras causas.
Veja outras causas de cistites não-infecciosas
Além de infecção, a cistite pode ser causada por uma inflamação crônica da bexiga chamada cistite intersticial. “Ela tem causa não totalmente indefinida, mas acredita-se que pode ser um processo autoimune, defeito no revestimento interno da bexiga ou agressão por substâncias tóxicas da urina”, diz Rogério. A endometriose, quando acomete a bexiga, também pode levar a um processo inflamatório com sintomas semelhantes.
Para toda infecção do trato urinário é recomendado fazer a urocultura para obter o diagnóstico correto. “Quando suspeita-se que não seja infecciosa, pode-se realizar exames de imagem, como ultrassom (que poderá ver endometriose ou nódulos na bexiga) ou cistoscopia (um aparelho com câmera entra pela uretra e observa a bexiga por dentro, fazendo biópsia se necessário)”, esclarece o médico.
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O tratamento para a cistite deve ser adequado a cada caso
Segundo o ginecologista, o tratamento para cistite deve ser adequado para a origem do problema: “Se for infecção, trata com antibióticos. Se for endometriose, pode-se tratar com hormônios e, às vezes, cirurgia para remoção das lesões é necessária. Se for uma inflamação crônica, anti-inflamatórios podem ser úteis e algumas medidas como não deixar a bexiga muito cheia, evitar alimentos ácidos, álcool, café e alimentos condimentados”, recomenda Rogério.
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Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dr. Rogério Leão - Ginecologista e Obstetra do IPGO (Inst. Paulista de Ginecologia e Obstetrícia) e Médico Assistente na área de Ginecologia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM/ UNICAMP)
CRM: 104.152



