Adenomiose: o que é a doença que acomete o endométrio, causa e tratamento
Adenomiose: o que é a doença que acomete o endométrio, causa e tratamento
De acordo com a ginecologista Andreia Gozzi, esta complicação está presente em 20 a 30% das mulheres. “Devido ao diagnóstico confirmatório ser apenas por estudo histopatológico (específico) em mulheres que foram submetidas à histerectomia (retirada do útero), acredita-se que a sua prevalência é subestimada”, diz. Os exames de imagem, como histeroscopia, ultrassonografia e ressonância magnética são os mais utilizados para tentar diagnosticar esta doença por meio da visualização de lesões características.
Sintomas da adenomiose: saiba como identificar o quadro
Em primeiro lugar, a adenomiose pode causar aumento do fluxo menstrual, acompanhado de cólicas intensas e sangramento irregular. Dor na relação sexual e dor pélvica crônica também são sintomas frequentes, segundo a ginecologista. “Eles se confundem muito com os quadros de miomas uterinos e endometriose, por isso a necessidade de uma investigação detalhada pelo ginecologista”, afirma.
Tratamento para adenomiose
De acordo com a Andreia, o tratamento é um desafio e depende muito da faixa etária da paciente, se ela tem desejo de gestação e se este desejo é imediato ou não. “Para as pacientes que querem preservar a fertilidade existe a possibilidade de tratamentos hormonais (anticoncepcionais, DIU hormonal, análogos do GnRH) ou cirurgias conservadoras no caso de adenomiose focal. Porém o único tratamento definitivo, e empregado para as pacientes sem desejo reprodutivo, é a histerectomia (retirada do útero)”, esclarece.
Riscos que a adenomiose pode trazer para a mulher
Segundo a médica, a relação da adenomiose e a infertilidade ainda não está muito bem definida. “A maioria das pacientes com este diagnóstico já tiveram filhos, porém, como ela está muito associada à endometriose pode causar a perda da fertilidade neste grupo de pacientes”, explica. Outras patologias que podem se associar à adenomiose são os miomas uterinos, pólipos endometriais e, mais raro, o câncer de endométrio.
Este artigo tem a contribuição do especialista:
Dra. Andréia Gozzi, ginecologista do Instituto Lerner
CRM: 153790



