A textura da secreção vaginal pode mudar com o uso da pílula anticoncepcional?
A textura da secreção vaginal pode mudar com o uso da pílula anticoncepcional?
Entenda a diferença entre secreção e corrimento vaginal
De acordo com a ginecologista Camila Ramos, toda mulher possui uma secreção natural que, em determinada época do mês, aumenta em quantidade na calcinha. Mas, nem sempre isso representa um corrimento vaginal. Quando a secreção é fisiológica não apresenta cor e nem odor forte. Ela até aumenta em quantidade, fica mais consistente e um pouco mais esbranquiçada perto da menstruação, por conta do período fértil, mas não possui sintomas associados e é totalmente saudável.
Já o corrimento, deixa a gente em alerta quando é uma secreção com cor amarelada ou esverdeada e possui um cheiro forte. Sintomas como coceira, irritação e ardência na região íntima também são indicativos de que algo não vai bem e podem ser sinal de uma infecção ginecológica, como a candidíase ou a vaginose bacteriana. “Além disso, se houver dor ao urinar ou na relação sexual, a paciente precisa se consultar com seu ginecologista”, alerta a médica. Sendo assim, o especialista poderá fazer uma avaliação microscópica de uma amostra do corrimento e diagnosticar o seu caso. “Hábitos como usar calcinha de algodão, usar sabonete neutro para limpar a região íntima e usar camisinha nas relações sexuais evitam que a paciente tenha corrimentos vaginais”, acrescenta a profissional.
O anticoncepcional altera a secreção vaginal
Ao começar a utilizar pílula concepcional não se assuste se o muco vaginal que aparece na sua calcinha ganhar uma consistência mais espessa. Segundo a ginecologista Bárbara Murayama, os hormônios contidos na pílula provocam essa alteração na secreção vaginal como mecanismo para evitar a gravidez: “Dessa forma, a secreção dificulta a passagem dos espermatozóides”, finaliza.
Segundo a médica, mulheres que utilizam método de pílula ou outros métodos hormonais devem ficar atentas ao não-uso do preservativo nas relações sexuais: “A mulher corre risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis e alguns corrimentos são causados por microrganismos transmitidos pela relação desprotegida”, esclarece.
Este artigo teve a contribuição das especialistas:
Dra. Camila Ramos - Ginecologista e obstetra da Policlínica Granato - CRM: 5295691-0
Dra. Bárbara Murayama - Ginecologista - CRM: 112527



